Avesso

Composição: Gabriel Rodrigues

Arranjo: Joyson Felipe

E A7/9 D B7 G F C C7 G F C C7

Tiro a poeira dos teus sapatos,
Olhando um homem cair do salto
Circulando um quadrado vermelho no alto.

Seco como a água, úmido como o fogo
Essa é a carga final, o primeiro risco do nosso jogo!
Quero tudo e quero tanto, quero mais que poderia,
Quero e nem sei o quanto, queria ter feito o que não faria!

Tiro, a décima parte de uma vida,
Numa insípida e forçada rima,
De encantado tom de melancolia.

Seco como a água, úmido como o fogo
Essa é a carga final, o primeiro risco do nosso jogo!
Quero tudo e quero tanto, quero mais que poderia,
Quero e nem sei o quanto, queria ter feito o que não faria!

Tiro a roupa que tu já não vestias!
Colhendo uma à uma cada mentira,
Que há muito tatuaram-te à chama fria!

Quero tudo e quero tanto, quero mais que poderia,
Quero e nem sei o quanto, queria ter feito o que não faria!
Seco como a água, úmido como o fogo
Essa é a carga final, o primeiro risco do nosso jogo!

Tiro a última peça do tabuleiro,
Gritando com imagens em segredo
Concedendo horarias à vigas e esteios.

Seco como a água, úmido como o fogo
Essa é a carga final, o primeiro risco do nosso jogo!
Quero tudo e quero tanto, quero mais que poderia,
Quero e nem sei o quanto, queria ter feito o que não faria!

Tiro cada matéria que ela chora
Escolhas de estradas de antes, agora!
Tingindo óleo na porta da escola ...

Seco como a água, úmido como o fogo
Essa é a carga final, o primeiro risco do nosso jogo!
Quero tudo e quero tanto, quero mais que poderia,
Quero e nem sei o quanto, queria ter feito o que não faria!

Tiro a sanidade dos teus pais, 
Que amanhã te prendiam e ontem jamais!
Fariam do véu um cosmoplano à mais...

Quero tanto e quero tudo, quero mais que poderia!
Quero mais que poderia, queria ter feito o que não faria!
Seco como a água, úmido como o fogo!
Essa é a carga final, o primeiro risco do nosso jogo !